É muito raro eu fazer uma entrevista com alguém que eu realmente respeito e admiro, não apenas como um artista e um cantor, agora falando com ela, como uma pessoa. Eu fui fã de Evanescence por um tempo. Agora, então tive a chance de falar com a vocalista Amy Lee, eu tenho que dizer que fiquei um pouco mais feliz. Entrevistar alguém cuja música você conhece e gosta, é ótimo, mas ouvir a emoção e o verdadeiro amor para a música que ela e a banda criaram.
Eu tenho que começar dizendo como estou animado para conversar com você. Você é um dos meus artistas favoritos e provavelmente uma das melhores vozes femininas que eu já ouvi.
Incrível, isso significa que você terá perguntas reais para mim, sem pressão.
Sim, eu tenho algumas perguntas reais para você. Qual sua comida favorita? Haha, estou brincando. Vamos começar. Já fazem 5 anos, como é a sensação de finalmente conseguir terminar este álbum?
Bom! Estamos em um bom lugar agora. Nós trabalhamos muito no álbum por muito tempo. Trabalhei pouco a pouco por um bom tempo. Mas nós, como uma banda, gastamos dois anos inteiros. Nossa! Já faz muito tempo mesmo. É muito legal ouvir as músicas, mas é assustador e emocionante saber que não haverá mais mudanças. Estamos muito orgulhosos do álbum.
Eu estava ouvindo o álbum e estou muito impressionado.
Você fez muito sucesso com ‘Fallen’ e com o espaço de tempo entre os álbuns; você acha que é dificil fazer um próximo álbum?
Nós fizemos muito sucesso com ‘Fallen’; muitas pessoas gostaram dele. Então, para mim a coisa mais importante foi a credibilidade. Para ter certeza de que o próximo álbum foi ainda melhor em um nível artístico. Eu sinto como fossemos abençoados e tão sortudos com o sucesso que tínhamos, porque a nossa música é muito diferente da que está no mainstream. É tão legal, temos muitos fãs, agora que eles estão surgindo. Em todo o mundo, os fãs estão tão animados, e eles se lembram de quem somos. Isso significa muito para mim.
Então, quando você entrou em hiato em 2007, você tinha afirmado que “você precisava entrar no espaço criativo certo”. O que aconteceu entre agora e depois que lhe permitiu lançar um novo álbum?
Para mim, eu não tinha um plano para o próximo álbum; eu nem pensava em fazer outro. Minha vida girava em torno do Evanescence desde de quando eu era adolescente, nessa época, tinhamos terminado a turnê do The Open Door em 2007, eu precisava muito fugir e me encontrar, como Amy de novo. Eu tinha acabado de se casar naquele ano e eu queria passar o tempo com meu marido. Então foi muito legal apenas viver a minha vida como adulto. Nós vivemos em Nova York, em um lugar incrível cheio de cultura e música. Nós realmente “vivemos” por um tempo e eu acho que isso é exatamente o tipo de coisa que “te coloca no espaço criativo certo.” Sendo capaz de ter tempo e ter a liberdade para ir descobrir que você é como uma pessoa com um todo, com ou sem a banda. Isso foi muito bom para mim. O que é realmente legal sobre isso agora, depois deste álbum é que eu percebi o quanto eu amo a banda. Não porque eu precisava disso, não por causa do tempo, porque é uma grande parte do meu coração e não estava terminada com isso. Estou pronta para entrar em turnê.
Em 2010, você deveria lançar este álbum, então você teve um desacordo com o produtor Steve Lillywhite, você afirmou que “Steve não era o ajuste certo.”
Como foi trabalhar com Nick Raskulinecz (que também produziiu Alice in Chains e Foo Fighters), fez diferença?
Nick era perfeito. Ele entendia a nossa visão. Nós tínhamos o corpo de trabalho, então dissemos “ok, é isso e temos muitas músicas, então vamos encontrar o produtor certo.” Eu lembro que eu tinha uma lista de alguns produtores. Então eu decidi ir e se encontrar com Nick primeiro em Nashville. Eu levei uma demo para ele. Eu realmente senti que ele sabia o que eu queria, mesmo que não gravamos nada como isso ainda. Isso faz sentido? Parecia que ele conhecia o Evanescence e ele poderia ver onde nós queríamos chegar. Eu sabia que ele seria o cara que nos levaria onde nós queríamos. Ele foi realmente desafiador. Todo o processo era sobre sair da minha zona de conforto e tentar novas coisas. Quando Nick falou sobre “nosso processo”, ele falou sobre nos colocar em uma sala e não confiar em qualquer produção. Ele gosta de ter a banda sentada em círculo e trabalhando nas músicas, mudando os arranjos. Todo mundo foi capaz de se exibir. Tenho sorte de ter uma banda cheia de ótimos músicos e funcionou. Acho que isso fez o álbum ficar mais forte e nos fez uma banda muito mais forte.
Uma das minhas músicas favoritas do álbum é ‘Lost in Paradise’, você poderia me contar sobre a música e quais são as músicas que você está mais orgulhosa?
Eu também gosto dessa música. Eu não esperava que tornaria uma música assim. Originalmente era lenta, apenas a minha voz e o piano. Eu escrevi muito sozinha, então eu tenho um monte de demos que gravei no meu iTunes. Eu nunca esperei gravar ‘Lost in Paradise’, não deveria ser uma música do Evanescence. Era muito crua e natural. Mas, eu acho que às vezes esses sãos os melhores momentos, quando você não está tentando fazer nada e apenas acontece por conta própria. Eu só continuei ouvindo ela porque eu gostei dela. Quando fomos para o estágio da pré-produção em Nashville, eu me lembro de pensar que eu tinha que mostrá-la para o Nick. Eu pensei, ‘Hey escute essa, eu gosto muito dessa música. Eu sei que temos muitas baladas’, que estávamos trabalhando muito na época. Ele ouviu a música e disse, ‘nós temos que gravar essa música, mas acho que a banda deveria entrar em cena’. Então gravamos ela, foi mágico. O Nick a trouxe para um novo nível. Essa é definitivamente uma das minhas músicas favoritas do álbum.
Então quais são as outras?
Eu gosto muito de ‘Never Go Back’.
Isso é engraçado, é a segunda no meu teste pós-parto.
Incrível, então você é alguém que gosta dos extremos também. Uma das coisas principais que amo sobre música é o seu contraste e extremos. Acho que ‘Never Go Back’ é um ótimo exemplo disso, é grande e épica e eu amo isso. Não posso evitar, sou dramática e você está ouvindo o som da banda. Na verdade, escrevi sobre o Japão. Quando o tsunami e terremotos estavam acontecendo, nós estávamos assistindo na TV enquanto estávamos escrevendo as letras e percebi no meio do caminho que eu estava escrevendo sobre isso, então fui em frente e deixei acontecer, porque isso que estava no meu coração naquela época. Então é só papo furado e isso não é sobre as “MINHAS” experiências.
Incrível, agora ‘Sick’ é outra que se destacou para mim. Me conte sobre ela.
Eu gosto muito dessa. Essa foi a primeira que escrevemos com Will, o nosso baterista. Foi a primeira vez que nos reunimos como uma banda para escrever. Você nunca sabe se isso irá funcionar e funcionou totalmente. Éramos capazes de ir em uma sala e tocar. Nós começamos vindo com algumas ideias legais. Eu lembro quando nós viemos com essa música, estávamos em um estúdio em Orlando, e logo que terminamos, gravamos uma demo. Nós estávamos escutando ela no nosso carro gritando: “Sim, estamos de volta! Estamos fazendo isso!”
Seu talento incrível e sua voz poderosa influenciam vários artistas novos. Quem foi a sua influência?
Björk sempre foi a número um. Eu a amo, eu tenho todos os álbuns dela e ela é uma grande influência para mim. Ela é incrivelmente corajosa musicalmente. Ela é realmente uma artista e ela tem uma voz incrivelmente poderosa. Tori Amos e Nine Inch Nails também são grandes influências para mim. Depeche Mode, Tears for Fears, oh e Michael Jackson, e Portishead. Hm, eu estou tentando pensar, Soundgarden e Nirvana também. Basicamente, eu gosto do Grunge dos anos 90 e da Era Alternativa. Eu sinto falta disso. Existem vários artistas bons agora, mas você realmente precisa caçá-los. Eu realmente gosto da M.I.A. Ela é super poderosa.
Quais são os planos do Evanescence para o futuro?
Nós estamos apenas focados nesse álbum e focados em tocá-lo ao vivo. É nisso que estamos obcecados. É hora de mostrá-lo para o mundo!
23 de dezembro de 2011
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Para Amy, está na hora de mostrar o álbum ao mundo
Postado por Victor às 23:19 Visualizações:
Scans e tradução da entrevista feita com Amy Lee à revista Revolt In Style. Na entrevista, processo de gravação, músicas favoritas e turnê são um dos assuntos abordados.
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