![]() |
“Metal is just one piece of our puzzle” |
Por um tempo, a incidência dos holofotes sobre Amy Lee foi bastante intensa.É isso o que acontece quando umabanda vai de tocar no subsolo para a venda de milhões de álbuns no curso de umou dois anos. Em 2003, Evanescence, marca do rock-gótico de Lee, teve seu álbum de estréia, Fallen, e, graças ao sucesso rápido do single “Bring Me to Life”, viu suas vendas mundiais subirem para o patamar dos oito dígitos.
Agora, nove anos e mais doisálbuns depois, Lee está muito mais confortável com sua popularidade. Evanescence - que consiste em Lee nos vocais, Tim McCord no baixo, Will Hunt nabateria e Troy McLawhorn e Terry Balsamo nas guitarras - tem seguido de forma segura, tendo passado o lado sensacionalista da fama, e se estabeleceu em umaaté agradável rotina de gravações e turnê.
Cinco anos se passaram entre os dois discos de platina do segundo álbum The Open Door (2006) - que gerou o hit "Call Me When You're Sober" - e o álbum Evanescence (2011). Lançadoem outubro, o álbum auto-intitulado contou com um esforço mais colaborativo entre a principal compositora Lee e o resto da banda, além de colocar de volta o grupo nos palcos de todo o mundo. Eu conversei recentemente com Amy Lee, quem nós ligamos em uma pausa na turnê no Texas - a banda está atualmente como uma das atrações principais na turnê Carnival of Madness, a qual se apresenta no palco principal de Rock The Rapids na quinta e no teatro musical DTE Energy na sexta - para falar sobre como ela passou por sua anti-rock-star filosofia e encontrou uma nova fonte de inspiração para sua música.Há quanto tempo que você está na estrada?Desde o último agosto. Essa é exatamente nossa rotina toda vez - lançamos um disco e vamos à turnê pelo próximo um ano, um ano e meio. Nós temos muitos fãs fora dos Estados Unidos, então estamos aqui (EUA) por menos que a metade desse tempo. Há muito caminho a percorrer para nós.
Você é conhecida por ter bastante tempo entre o lançamento de um álbum e outro. Há alguma razão para isso?Parte disso é por conta de estarna estrada. Quando lançamos nosso primeiro álbum em 2003, estivemos em turnê porum sólido ano e meio e escrevemos o próximo disco no curso de um ano após esse tempo. As pessoas diziam "quanto tempo!", mas estávamos trabalhando o tempo todo! Mas um resultado ótimo demanda tempo. Não se pode forçar a inspiração. Há muita pressão para se lidar com quando o ferro está quente, mas eu acho que isso acaba por diluir a indústria [fonográfica]. Eu só queria viver a vida um pouquinho para que eu tivesse algo para escrever sobre.
Você ainda é jovem...Sou? Obrigada! Mas eu me sinto tão velha (risos)
Bom, o que eu quis dizer foi que você era tão jovem quando a bandacomeçou a se tornar um sucesso, certo?Sim, eu tinha 21 anos.
Então faz sentido querer "viver a vida e ter algo para escrever sobre".Sim... Quando eu comecei a escrever de novo, eu queria estar segura de que isso aconteceria naturalmente e, então, eu estaria pronta para quando todo esse ciclo começasse de novo. Eu gosto de não ter um plano, funciona melhor assim pra mim.
O sucesso veio muito intenso e rápido para você, o que, posso imaginar, é um pouco traumático. Como foi sua experiência?Eu não acho que seria errado dizer que alguns momentos foram traumáticos, mas muitas coisas incríveis aconteceram também. Por causa disso, eu tenho uma vida muito interessante. A foto da capa do "Fallen" foi tirada no meu aniversário de 21 anos e eu tenho trabalhado nessa banda todos os dias desde que eu tinha 17 anos e isso se volta por todo o caminho de volta aos meus 14 anos. Passamos o tempo em Los Angeles fazendo desenvolvimento artístico e nos mudamos para Tennessee, então o sucesso veio depois de muito trabalho. Porém, isso aconteceu muito rápido e euera muito nova. Uma das coisas traumáticas é que você não tem nenhuma chance de cometer erros, caso contrário você é crucificado por isso. Eu definitivamente me senti como se estivesse sob o microscópio. Eu me sentia frustrada e sempre fui uma anti-fã da fama.
Agora estou mais confortável em relação a isso, porque muitos dos nossos fãs são pessoas como eu, que precisam de música em suas vidas. Como eu, eles encontram catarse através da nossamúsica. Quando eu penso que já é o suficiente e que quero ter uma vida normal eir pra casa, eu acabo em um Meet&Greet e conheço um fã que me diz que sua vida mudou porque uma música o tocou. Aí é como "esse show é pra você!", tiramos muita inspiração a partir dos nossos fãs. Mas levei, sim, um tem para processar a fama. Nunca quis ser uma estrela do rock ou algo assim. Eu queria apenas fazer minha música.
Como você se sente quando as pessoas chamam Evanescence de uma banda de metal?Eu não acho que seja verdade. Eu não vejo assim. Tem algo de metal na nossa música - às vezes usamos contra-baixo ou temos partes de guitarra pesadas e mais leves.
Eu não acho que uma banda de metal teria o alcançado o successo que vocês têm. Tem que haver algo a mais no trabalho.Metal tem sido tantas coisas em tantas épocas diferentes. Se você voltar no tempo, Metallica tem uma música chamada "Unforgiven" e se você por uma voz diferente nela, não será metal de forma alguma (risos). Metal é só uma peça do nosso quebra-cabeça.
Tradução e adaptações: EvanescenceRockBrasil
english
How long have you been on the road?Since last August. This is exactly our routine every time around – we release a record, and tour for the next year, year-and-a-half. We have a lot of fans outside the U.S., so we’ve been here for less than half that time. It’s a lot of ground to cover for us.You’re known for having a lot of time between your albums. Is there a reason for that?Part of it is being on the road. When we released our first record in 2003, we toured for a solid year-and-a-half after that, and wrote the next record over the course of the next year. People were saying “It’s been so long!” but we were working the whole time! But great things take time. You can’t force inspiration. There’s a lot of pressure to strike when the iron’s hot, but I think that’s watering down the industry. I just wanted to live life a little bit, so I’d have something to write about.You’re still young…I am? Thank you! But I feel so old! (laughs)Well, what I meant to say was, you were so young when the band started to become successful, right?Yeah, I was 21.So it makes sense to want to “live life and have something to write about.”Yes… when I started writing again, I wanted to be sure it happened naturally, and so I’d be ready for this whole circus to happen again. I like to not have a plan. That works best for me.Success came pretty hard and fast for you, which I can imagine is a little traumatic. What was your experience like?I don’t think it would be wrong to say some moments were traumatic, but a lot of pretty amazing things happened, too. I have a very interesting life because of this. The photo that’s on the cover of “Fallen” was taken on my 21st birthday, and I had been working on this band every day since I was 17, and it goes all the way back to when I was 14. We had spent time in Los Angeles doing artist development, and we moved to Tennessee, so (success) came after a lot of work. But it happened really quickly, and I was really young. One of the traumatic things is, you don’t get any chances to make mistakes. You get crucified for it. I definitely felt like I was under the microscope. I was frustrated, and had always been an anti-fan of fame.Now, I’m more comfortable with it, because a lot of our fans are people like me, who need music in their lives. Like me, they find catharsis through our music. When I think I’ve had enough, and want to have a normal life and go home, I end up at a meet and greet, and meet a fan who tells me their life has changed because a song touched them. And then it’s like, “This show is for you!” We take a lot of inspiration from our fans. But it did take some time to process the fame. I never wanted to be a rock star or any of that. I just wanted to make my music.How do you feel when people call Evanescence a metal band?I don’t think it’s true. I don’t hear that. Some things about our music are metal – we sometimes use double-bass, or have low, heavy guitar parts.
I don’t think a metal band would have the crossover success that you guys have. There has to be something else at work there.Metal has been so many things in so many different eras. If you go back in time, Metallica has a song like “Unforgiven,” and if you put a different voice in there, it’s not metal at all. (laughs) Metal is just one piece of our puzzle.