13 de maio de 2012

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Arquivo: Amy em segredo à revista Capricho (2004)

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Relembrar o passado. Este é o convite que o Evanescence Rock Brasil te faz neste momento. A seguir você terá a oportunidade de reler e, para alguns, ler pela primeira vez uma entrevista concedida por Amy Lee à revista teen brasileira Capricho. A entrevista foi realizada em 2004, em meio ao auge do álbum "Fallen". Na época, como não poderia deixar de ser, se menciona sobre o namoro de Amy com o vocalista da banda Seether, Shaun Morgan; processo de composição; adolescência de Amy; vaidade feminina; planos sobre uma possível de turnê brasileira e muito mais!




A vida de Amy Lee, 22 anos, vocalista do Evanescence, tem sido uma loucura desde março do ano passado, quando o cd Fallen, o primeiro da banda, chegou às lojas. Com o sucesso e os milhões de cópias vendidas, vieram as poucas horas de sono, milhares de entrevistas, o assédio dos fãs, a grande distância de casa e do namorado Shaun Morgan, da banda Seether. O último problema foi resolvido este mês - o Seether foi escalado para abrir os shows do Evanescence e o casal tem se visto todos os dias.

"É uma delícia", diz Amy, em entrevista por telefone, no meio da turnê. Num papo bastante descontraído, a cantora falou de cicatrizes do passado, revelou que costumava se fingir de morta quando criança e disse que não é muito fã de My Immortal, maior sucesso do Evanescence.

CAPRICHO: Dá para compor no meio da estrada, durante a turnê? 
AMY: Não muito. Escrevo muito pouco. Carrego um gravador comigo e vou gravando as idéias. Para sair alguma coisa legal, preciso me concentrar. E no meio da turnê não consigo.

C: Então você está há meses sem escrever direito. Não dá uma sensação de que vai explodir, sem colocar para fora o que precisa dizer? 
A: É mais ou menos essa sensação mesmo. Às vezes sinto uma coisa nova, diferente, quero parar tudo o que estou fazendo para colocar aquilo em música, mas não consigo. A terapia tem de ser no palco, cantando as músicas que já existem mesmo.

C: Como é cantar até hoje músicas que você escreveu há tantos anos, quando ainda era adolescente? 
A: Acho divertido, porque me faz lembrar da pessoa que eu era, das coisas que queria, que pensava. Mesmo sendo hoje uma mulher muito diferente, aquela também sou eu. Apesar de ser um eu mais vulnerável.

C: Você foi uma adolescente vulnerável? 
A: Todo adolescente é um pouco. Mas me referi ao fato de ter escrito em momentos em que estava vulnerável. Tento ser forte sempre, mas é na hora que deslizamos que saem as músicas. São desabafos. Sempre que escrevo, imagino que ninguém vai ouvir aquilo, nunca. É um segredo só meu.

C: E não é louco imaginar que gente do mundo todo está ouvindo seus segredos? 

A: Para mim não é. Porque o importante é eu achar que aquilo é um segredo apenas na hora em que estou escrevendo, desabafando. Depois que a música está pronta, que o segredo já saiu, tudo bem dividi-lo.

C: Você disse que se acha forte. Li que você chora muito... 
A: Chorava mais antigamente. Hoje choro bem menos. E sempre sozinha.

C: Porque sozinha? 
A: Porque acho que é um momento só meu, não quero que os outros me vejam chorando. E o fato de eu conseguir segurar e só chorar quando estou sozinha prova o quanto sou forte, certo? Não quero desabafar na frente de todo mundo.

C: É verdade que você não gosta muito de My immortal?
A: Não acho que é uma música que define o verdadeiro Evanescence... Não acho mesmo. Temos um monte de outras coisas legais, e no fim My Immortal é que ficou mais famosa, virou cartão de visitas da banda. É uma música melosa, somos mais pesados.

C: Entrevistei Shaun e ele disse que estava muito feliz com a turnê porque vocês teriam tempo para se ver. Está dando tempo? É legal viajar com ele? 
A: É uma delícia. Antes, a gente se falava muito pelo telefone. "Oi, estou em Ohio, e você?". "Ah, estou em Michigan." Nunca estávamos perto um do outro. A gente não se vê durante o dia, por causa das entrevistas, das coisas que temos para fazer. Mas à noite ficamos juntos.

C: Você tem uma assistente que é sua maquiadora e cabelereira. Ela é a sua tábua de salvação no meio de tanto homem? 
A: (Risos) Totalmente. Sem ela não teria sobrevivido. Mulher precisa de mulher. Tem coisas que a gente só fala com mulher, certo? Falamos muito sobre nossos namorados, uma com a outra.

C: Você é muito vaidosa? 
A: Sou tanto quanto toda mulher, mas sem exageros. Não acho o visual a coisa mais importante na minha vida, entende?

C: Você é viciada em chocolate... Come muito ou controla por causa do peso? 
A: Controlo muito. Na maioria das vezes, fujo do primeiro. Porque se comer unzinho não paro mais.

C: É verdade que seu pai vê todas as suas entrevistas, para depois dar bronca se você disse algo que não deveria? 
A: É. Até hoje, acredita? Ele ouve e aí me liga: "Amy, você não devia ter falado palavrão". Ele odeia palavrão. Eu também odeio, mas às vezes não dá para evitar. Acho divertido.

C: Você era moleca quando pequena?
A: Não muito, mas eu era muito dramática. Sempre gostei de poesia, ficava lendo e interpretando. Tinha mania de me fingir de morta. Nas primeiras vezes, minha mãe ficou assustada e até ligou para o 911 (Número para emergência nos EUA)


C: É verdade que uma irmã sua morreu quando você tinha 6 anos?


A: É, mas não queria falar sobre isso.

C: Li que quando adolescente, você se achava acima do peso e odiava seu cabelo. Quando isso passou? 
A: Ah, quando a gente cresce essas bobagens acabam. Você aprende a gostar de si e do jeito que é. E percebe que metade das críticas que tinha sobre você mesma era ridícula.

C: Que conselhos você dá para as meninas que se olham no espelho e não gostam do que vêem?
A: Para olharem de novo, com mais atenção. No geral, a gente não gosta do que vê mais por causa do que os outros dizem do que por causa de nós mesmas. A dica é não ligar para a opinião dos outros, nunca.

C: Você ainda ouve Christina Aguilera antes de entrar no palco? 
A: Nossa, como você descobriu? Mudamos a música, mas antes eu colocava Stripped para os meninos ouvirem antes de o show começar. Era um bom aquecimento, a música é quente e animava bastante os caras. Hoje ouvimos um cd do Korn.


C: Vocês têm planos de vir ao Brasil? 


A: Não agora. Quando a turnê acabar, vamos parar para fazer o próximo álbum, que deve sair no final do ano. Aí, quem sabe, conseguimos incluir o Brasil no ano que vem. Adoraria.





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SCANS







Transcrição e Scans: Victor Cavalcante
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