4 de fevereiro de 2012

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Review de fã no show do Evanescence em Orlando

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Olá, galera que visita o nosso blog. Estamos postando aqui mais uma história de um grande fã que passou uma temporada em outro país e aproveitou para assistir ao show do Evanescence na cidade local, Orlando - no Estado da Flórida. Vale a pena ler e acompanhar as aventuras e até mesmo as críticas deste fã. Acompanhe abaixo:


Me chamo Arthur, sou de Florianópolis e estudo química na Federal de Santa Catarina. Após 3 anos puxados de faculdade, resolvi dar uma quebrada na minha rotina fazendo um intercâmbio de férias para os Estados Unidos, pra trabalhar durante a já conhecida aqui "brazilian season" e por isso acabei vindo para Orlando, uma das cidades que mais tem brasileiro. Cidade onde fica a Disney World.


A Luta


Uma das primeiras coisas que eu tive em mente em relação ao meu intercâmbio é que eu deveria aproveitar algo que sempre tem nos EUA que não tem no Brasil: shows de artistas americanos. Lembro perfeitamente de antes de ter vindo pra cá ter feito uma listinha dos meus artistas favoritos que estavam em tour e pesquisar pelas datas das turnês no google para ver se algum deles faria show em Orlando.
Acontece que na época o Evanescence estava em tour na Europa, com shows marcados até dezembro. E aparentemente não anunciariam a turnê norte americana tão cedo.Logo, perdi minha fé de que iria acabar vendo um show deles. Deu que arranjar um ingresso para os shows do Red Hot Chilli Peppers foi o suficiente.


Dois meses se passaram, comecei a trabalhar aqui e conhecer a cidade. Minha rotina estava muito agitada e quase não parava em casa. Até que duas semanas atrás, no dia 13 de janeiro, eu recebi duas notícias super desagradáveis: a primeira é que o show dos Red Hot Chilli Peppers havia sido adiado pro dia 31 de março - data em que eu já estarei de volta ao Brasil - e que o Evanescence faria show em Orlando no dia 18 de janeiro e todos os ingressos já estavam vendidos.


Como fã acabei me desesperando. Vi o show deles em Curitiba em 2007 e foi uma das melhores experiencias de minha vida... Precisava repetir essa experiencia! Logo, fiz de tudo para arranjar um ingresso para o show do Evanescence: procurei na internet, fui na própria House Of Blues implorar por ingresso, tentei encontrar algum cambista vendendo ingresso a um preço acessível e... nada. Mas não desisti. Fui pra entrada do House Of Blues dia 18 de fevereiro uma hora antes da abetura dos portões e vi que tinha uma fila enorme na bilheteria do House Of Blues e fui até lá na esperança de que eles tivessem liberado um lote extra de ingressos pro dia do show. Mas pra minha infelicidade não era nada disso... As pessoas que haviam comprado ingresso pela internet estavam retirando seus ingressos.


Saí da bilheteria com os olhos lacrimejando, quase chorando, não me conformando que iria perder o show. E foi aí que surgiu um anjo na minha vida: uma americana me abordou e perguntou se eu gostava da banda. Expliquei toda a minha história pra ela e ela me contou que havia ganhado 4 ingressos de uma promoção de uma rádio e ela tinha um ingresso sobrando.

Ela me disse que no regulamento da promoção dizia que ela não poderia vender os ingressos, mas que se eu guardasse segredo, ela me venderia um pelo preço padrão. Obviamente acabei comprando o ingresso, né? (Não contem para ela que eu contei isso pra vocês. hehe)






O momento esperado

Após tanto sofrimento, finalmente pude aproveitar o show. A House Of Blues é uma casa de shows pequena, com capacidade para 3000 pessoas: 1800 no andar de baixo, 1200 no andar de cima. Resultado: fiquei a dois metros de distância do palco. Estava super animado e por vários momentos eu achei que teria um ataque do coração antes do show começar.

Exatamente as 8 horas da noite o show da primeira banda de abetura começou. A sonoridade do Electric Touch era bem legal, os definiria como uma banda de pop/rock com um toque de música eletrônica. Eles cantaram apenas 6 músicas, mas já foi o bastante para deixar a galera empolgada. As 8:30 eles já haviam saído do palco e em 15 minutos o show da banda Rival Sons já havia começado. Eu diria que se não fosse pelo mercado do rock estar tão restrito hoje em dia, os Rival Sons teriam de tudo pra ser uma ameaça pro Evanescence. Eles fazem um som pesado e o vocalista lembra demais o Steven Tyler do Aerosmith: um vocal monstruoso e uma presença de palco imensa. Não foi a toa que o show deles foi mais longo - durou uma hora, o dobro do Electric Touch.

E por fim... As 10 horas da noite, o show iria começar. As luzes se apagaram e o público foi ao delírio quando Will entrou sozinho no palco. Ele sorriu pra platéia e começou o solo de bateria da introdução de What You Want. Segundos depois o restante da banda entrou no palco e, por fim, Amy Lee deu o ar de sua graça. Apesar da música ter sido muito bem executada e ter agradado demais o público, não achei a música apropriada pra abrir o show, já que What You Want é uma canção constante. Em 2007 Sweet Sacrifice foi uma abertura muito mais eficiente por ter uma introdução mais impactante.

Mas logo a banda soube como corrigir isso e emendaram com um dos maiores hits da banda: Going Under. O público cantou junto, Amy foi impecável nos vocais e o solo de  guitarra do Troy foi simplesmente f*da!


Nas músicas seguintes, do novo álbum de inéditas - The Other Side e The Change - ficou muito clara a sintonia da banda nessa era nova, o que ficou mais explícito ainda porque no meio dessas músicas a banda performou Weight Of The World, música do The Open Door, onde Amy Lee facilmente ofuscou o restante da banda.


Quando chegou a hora que a banda performou Made Of Stone eu percebi que não havia piano no palco e comecei a me perguntar como eles fariam para performar algumas das melhores músicas da banda. 




Afinal, havia apenas um pequeno teclado no canto do palco que com certeza não daria conta de algumas músicas que dependem demais de piano, como My Immortal. Mas logo veio a resposta: depois de Made Of Stone as luzes se apagaram, a banda se retirou do palco por um momento e quando acenderam as luzes... Ta-da! Lá estava a banda de volta, com Amy Lee num piano!

De fato as músicas da banda com o piano como base são o ponto forte do show. A performance de Lost In Paradise foi simplesmente incrível, era possível sentir a emoção de Amy em cada palavra da música. Cheguei a sentir arrepios com tamanha perfeição!


O mesmo se repetiu com a performance de My Heart Is Broken - que na minha opinião tinha que ter sido o primeiro single do álbum - e Lithium, que aliás, o público cantou junto. Depois do bloco calmo do show, retiraram o piano do palco e mostraram o lado mais pesado do álbum novo cantando as incríveis Erase This e Sick. Nesse ponto do show era explicíto que Amy estava começando a desmonstrar sinais de que estava ficando cansada, dando a impressão que o show estava perto do fim.


Essa impressão ficou ainda mais forte quando a banda começou a cantar seus clássicos em sequencia: Call Me When You're Sober, Imaginary e por fim, o hino Bring Me To Life. A banda se retirou do palco e as luzes se apagaram. Algumas pessoas se retiraram com a certeza que o show tinha acabado, mas o público insistia em aplaudir e  chamar pelo nome da banda, afinal a grande maioria sabia que haveria um Encore.


Novamente, as luzes se acenderam e lá estava a banda de volta, com o piano no palco. Amy Lee disse que ficou contente com a aceitação que os fãs tiveram do álbum novo e que estava fazendo o seu melhor para tocar o máximo de músicas novas do álbum novo no show. Dito e feito: tocou Never Go Back, que aparentemente deve ser a favorita dos fãs americanos, pois foi a música do terceiro álbum em que o público mais se empolgou.

Após Never Go Back, Amy voltou a conversar com o público e falou que um de seus sonhos é se tornar compositora de filmes e disse que já gravou várias músicas pra vários filmes e que a música seguinte era uma dessas, porém que foi rejeitada do filme e reaproveitada pro álbum. Se tratava se Swimming Home, que foi perfomada apenas pela Amy Lee no piano, sem a banda. Eu já amava a versão estúdio da música, que tem uma vibe completamente diferente do CD e ao vivo funcionou super bem.



Continuando a sessão piano, mas agora um pouco mais agitada, a banda performou minha música favorita do The Open Door: Your Star. O instrumental pesado e o piano juntos são uma combinação perfeita.


E, infelizmente, uma hora tinha que chegar o final do show. A canção de encerramento foi o maior clássico da banda, My Immortal. Não preciso nem dizer que, como de costume, o público cantou junto e haviam lágrimas por todos os lados. Por fim, a banda agradeceu e se retirou do palco.


Só faltou fãs brasileiros

Foi questão de tempo vir aquela sensação de vazio e depressão pós-show. Num geral, posso afirmar que a banda está mais forte e unida do que nunca, a sintonia deles no show é imensa e garanto que nesse tempo de "folga" da banda, Amy evoluiu muito como performer. Levou o show inteiro numa boa, praticamente não desafinou. E os membros novos da banda foram ótimas aquisições, principalmente Will na bateria, que sempre ficava fazendo gracinhas com as baquetas, jogando elas pro alto e girando-as.

O ponto mais fraco do show na verdade foi o próprio público americano, que é muito contido. Por isso mesmo mal posso esperar para voltar ao Brasil para ver o meu terceiro show da banda - tenho certeza que é questão de tempo para marcarem datas em terras tupiniquins! Espero me encontrar com vocês lá. :)

Escrito - com exclusividade ao Evanescence Rock Brasil - por Arthur Goulart
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