11 de outubro de 2012

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RG: Muita emoção e boa performance vocal

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Amy Lee: muita emoção e boa performance vocal, nas partes mais arrojadas e nas mais suaves
“A diferença entre o show do Rock In Rio, um dos primeiros da turnê, há um ano, e o desta sexta, é brutal. A banda insegura, com vocalista hesitante ao mostrar as novas músicas se foi, e deu lugar a um grupo coeso que teve uma evolução monstruosa, daquelas que só o palco e a estrada podem dar” — Review Rock em Geral, Rio de Janeiro.
Despedida
Em fim de turnê, Evanescence mostra grande forma e emociona plateia, antes de entrar em anunciado recesso. Fotos: Luciano Oliveira.

Uma imagem tocante. Amy Lee se senta para tocar piano bem na frente do palco e faz o pedido especial para que todos cantem junto – “sei que vocês vão cantar de uma forma ou de outra” – o sucesso “My Immortal”. Uma chuva de papel picado cai sobre a plateia, que aos berros, é tomada pela emoção, quando a banda toda entra, no gás. Era o fim da apresentação do Evanescence, ontem, na cheia HSBC Arena, no Rio. Mais que isso, o tom era de despedida, dadas as últimas notícias (leia aqui) que apontam para um novo e indeterminado recesso da banda.

Uma pena. Porque no show de ontem é que esse novo Evanescence, cuja formação se configurou para o lançamento do terceiro álbum e se consolidou durante a turnê, mostrou que está realmente afiado. A diferença entre o show do Rock In Rio, um dos primeiros da turnê, há um ano, e o desta sexta, é brutal. A banda insegura, com vocalista hesitante ao mostrar as novas músicas se foi, e deu lugar a um grupo coeso que teve uma evolução monstruosa, daquelas que só o palco e a estrada podem dar. “Rodamos o mundo todo desde que estivemos aqui, no ano passado. É muito bom estar de volta em casa”, disse a animada Amy Lee, antes de mandar “The Other Side”. A música recebe um renovado trabalho de guitarras de Troy Mclawhorn e revela uma cozinha pesadíssima, capitaneada, sobretudo, pelo batera Will Hunt, em grande forma.

O repertório do show foi o mesmo da apresentação de Porto Alegre (veja aqui), que marcou o início dessa turnê pelo Brasil, com a ordem das músicas sendo alterada. O roteiro prevê, no primeiro terço do show, a colocação do piano no meio do palco, quando se destaca a dobradinha “Lost In Paradise”/“My Heart Is Broken”. A primeira, omitida da última vez, supera o limiar do brega e realça a performance vocal de Amy Lee; é de impressionar como a mocinha mantém a afinação, tanto nas partes mais arrojadas quanto nas mais suaves. Na segunda, de refrão pegajoso, é o público quem aparece, erguendo balões vermelhos em forma de coração que são estourados após o término da música. Em cada braço da vocalista uma bandeira, uma do Brasil e outra da Argentina, fichinha perto da saia com bandeiras de vários países, como se fosse o pátio da ONU.

Sete músicas do novo álbum (resenha aqui) foram incluídas no set, com a troca de “Sick” por “Oceans”, em relação ao show do Rock In Rio (veja como foi). O que não precisaria ser feito, caso o show se estendesse um pouco mais; convenhamos que uma hora e 20 minutos é pouco para quem tem uma carreira de sucesso como a do Evanescence. A compensação do vem com a intensidade com que as músicas são apresentadas. A prova disso está na própria “Oceans”, cuja evolução instrumental é grandiosa, causando surpresa até para fãs de longa data, que não se furtaram e cantar cada verso da letra, mesmo sob o peso cavalar imposto pela banda. A base pesada do guitarrista Terry Balsamo, escorado pelo baixista Tim McCord marcou a apresentação, graças à boa qualidade do som, uma constante, aliás, nos shows da Arena.

A tal música nova, “If You Don’t Mind”, uma das sobras do álbum “The Open Door”, de 2006, mal encaixada no bis, era para ser o destaque, mas pense: se nunca foi tocada, não deve ser lá grande coisa. Valeu a intenção de trazer algo inédito para o Brasil, mas a canção passou batida e poderia tranquilamente dar lugar a outra. Há sempre aquelas que fazem falta, ainda mais quando a banda tem a mania e fazer shows curtos; em 2007, no Rio Centro, também foi assim (relembre). Não dava para pensar nesse tipo de coisa, no entanto, com a porrada em que se transformou “Going Under”, a segunda da noite”; no refrão de “Whisper”, outra renovada pelo grande momento da banda; ou ainda no blockbuster “Bring Me to Life”, cantada a plenos pulmões, já no encerramento. Nem a melancolia do bis, em tom de adeus, maculou um noite para ser anotada no caderninho.

Set list completo
1- What You Want
2- Going Under
3- The Other Side
4- Weight of the World
5- Made of Stone
6- Lithium
7- Lost in Paradise
8- My Heart Is Broken
9- Whisper
10- Oceans
11- The Change
12- Lacrymosa
13- Call Me When You’re Sober
14- Imaginary
15- Bring Me to Life
Bis
16- If You Don’t Mind
17- My Immortal
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