Já faz cinco anos desde a última vez que ouvimos falar dos roqueiros do Evanescence.
Mas, provando que eles estão longe de serem esquecidos, o seu álbum de retorno está na nova tabela no número 4. O álbum auto-intitulado é o seu melhor álbum já lançado, com abundância de riffs monstruosos e vocais crescentes e suaves.
Aqui a cantora Amy Lee diz à Jacqui Swift o porquê que é um novo começo para a banda, por que ela está menos angustiada e sobre alguns dos temas contundentes que influenciaram as novas músicas.
Cinco anos é muito tempo para se estar afastado. Voltar é assustador?
Eu precisava deixar o Evanescence por um tempo e encontrar eu mesma de novo. Eu tinha que estar feliz comigo mesma, mesmo se eu nunca mais fizesse outro álbum de novo. Algo que descobri é que Evanescence é uma grande parte do verdadeiro eu. Depois de alguns anos, nós tínhamos algumas ótimas músicas e eu comecei a falar sobre vir com um novo álbum – Eu estava muito surpresa e tocada ao ver quantas pessoas se importavam, dedicadas, temos fãs para o longo da vida. Somos tão sortudos.
Como foi o processo de composição?
Tim se mudou para Nova York e escrevemos algumas músicas muito legais juntos. Eu fiz algumas composições experimentais com um amigo programador, então eu acabei escrevendo muito com Tim e Terry. Nos últimos dois meses de composição, nós trabalhamos e escrevemos músicas como uma banda. Aquilo era novo e desafiador e incrível, um momento decisivo para o álbum.
O seu álbum de estreia, Fallen, vendeu 15 milhões de cópias. Era difícil lidar com a fama?
Eu tinha 21 anos quando lançamos Fallen e estorou rápido. Eu não posso criticar, estou agradecida que muitas pessoas escutam a nossa música – é loucura. Mas tive momentos em que eu senti que não podia fugir – e eu amo ficar sozinha às vezes. Levou um tempo para me sentir confortável com a fama, mas eu amo nossos fãs e a música que fazemos – vale a pena totalmente.
Esse álbum é menos triste. Porquê?
Eu não sou mais adolescente! Tinha muita angustia que tinha que sair de mim. Agora estou mais saudável emocionalmente. O novo álbum tem muita dor e libertação, mas foi processado de uma forma diferente.
Como você mudou ao longo de seus álbuns?
A música é como um diário. Eu vi e senti muito na última década e eu definitivamente cresci. Não posso evitar, mas sorrir um pouco em algumas das músicas mais velhas – eu estava escrevendo sobre coisas muito sérias naquela idade. Era tudo verdadeiro, mas seus sentimentos como adolescente são ampliados.
Como você descreveria o novo som?
Tem um pouco mais de fé. Somos músicos e compositores mais fortes do que costumávamos ser. Você está ouvindo quatro pessoas curtindo tocar o nosso som e quebrando algumas regras. Foi divertido fazer. Nós escrevemos juntos – passou a ter uma sensação realmente única e urgente.
Porque você gravou em Nashville?
Eu fui a Nashville para conhecer Nick, quando estávamos procurando produtores. Ele vive lá e frequentemente grava no Blackbird Studios, onde nos conhecemos. Eu não só senti uma conexão imediata com Nick, eu me apaixonei com o estúdio. É uma classe mundial incrível e ao mesmo tempo você sente em casa onde ninguém pode te encontrar. Uma casa muito bonita com a maior coleção de microfone no mundo e todo o equipamento incrível que você poderia esperar.
Você já teve diferentes pessoas dentro e fora da banda, mas você vê essa formação mais estável?
Essa é a formação mais forte que já tivemos. Nós amamos uns aos outros e estamos aqui porque acreditamos nessa música. Trabalhando nesse álbum juntos, nos fez como uma banda e como amigos.
Você cresceu na banda. Como foi difícil?
Evanescence foi uma ótima aventura. Me levou ao redor do mundo, me levou para conhecer pessoas que eu não conhecia, me fez experimentar comida que nunca ouvi falar e deixa me expressar tão inteiramente quanto eu sou capaz. É muito trabalho e às vezes estresse, mas no final do dia eu não posso chamá-lo de difícil.
Nos conte sobre “Never Go Back”.
Nós escrevemos essa quando o desastre atingiu o Japão esse ano. Ver essas imagens de pessoas de partir o coração que perderam tudo. A música é sobre perda.
Você escreveu na harpa. Como foi isso?
A harpa é muito divertida para mim. É difícil, mas é um desafio muito grafificante. Me faz escrever músicas um pouco diferentes do que no piano, porque é um instrumento diferente. Eu escrevi a parte do piano de “My Heart is Broken” na harpa. Essa música foi inspirada pelas vítimas de tráfico sexual. Meu marido e eu estamos envolvidos com uma organização em Nova York chamada Restore que ajuda as mulheres a se libertarem e começarem a reconstruir as suas vidas.
Onde o Evanescence se encaixa hoje em dia?
Eu acho que nos encaixamos de um jeito que sempre tivemos – por NÃO se encaixar. A nossa música não se encaixa na caixa e acho que é essa parte que as pessoas gostam.
Como está sendo os seus shows?
Ótimos. Estamos tocando muitas músicas do novo álbum, mas algumas dos anteriores. Mal podemos esperar para voltar para o Reino Unido – tivemos ótimas noites tocando lá, muitas lembranças boas. Estou especialmente feliz por conseguir tocar em Glasgow desta vez. Já faz muito tempo!
25 de outubro de 2011
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Entrevista: Amy Lee ao jornal The Sun (UK)
Postado por Victor às 12:20 Visualizações:
A baixo, tradução da entrevista realizada com a Amy Lee ao jornal britânico The Sun, e seu respectivo scan. Na entrevista, Amy fala sobre o novo álbum, processo de composição, gravação, turnê e outros. Confira:
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