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"Temos uma grande turnê sul-americana" |
Antes de tudo, obrigado por esta entrevista. É muito legal conhecê-la. Então, como você está?
Estou muito bem. Tem sido uma ótima turnê, estamos nela por um tempo agora. Estamos desde outubro, tá sendo bem legal. Os lugares onde tocamos são diferentes. Apenas tocamos no Rock Am Ring e Rock Im Park, que tinha umas 85.000 pessoas. Então você sabe, é legal. Estamos tocando em grandes festivais agora.
Os fãs têm esperado muito tempo para que você voltasse para a Holanda. O show desta noite está com os ingressos esgotados…
Sim! É incrível!
Tenho certeza de que as pessoas mal podem esperar para ver você tocar hoje à noite. Você está animada por estar de volta?
É ótimo! Sabe, estar na estrada… por isso há momentos em que é cansativo, mas esta tem sido uma turnê muito boa. Eu acho que ao longo do caminho, eu meio que aprendi como ficar no ritmo. Quero dizer, não tem como controlar o ritmo desta vida… mas eu acho que está sendo bom. Tivemos ótimos dias livres. Tivemos um dia livre ontem e eu fui passear por Amsterdam. Nós amamos. E nós tivemos alguns bons momentos em Marrocos, foi legal. Nós temos estado a explorar, vendo o mundo, vendo alguns lugares que nunca vimos antes e também visitando velhos amigos. Está sendo legal. Eu sei que vamos ver as pessoas que nós conhecemos no show hoje à noite e esse é um ótimo sentimento. Para ter fãs tão dedicados, que têm estado conosco há muito tempo.
Você acabou de mencionar que você esteve em Marrocos. Como foi tocar lá pela primeira vez?
Foi bem legal! Nenhum de nós sabia o que esperar. Nenhum de nós tinha estado lá. E as pessoas eram tão legais e animadas. Há algo realmente mágico, em geral, sobre ir a algum lugar pela primeira vez porque, especialmente agora que você sabe, já estamos fazendo isso há quase uma década desde que o nosso primeiro álbum foi lançado… Há lugares que, se não estivemos lá agora e você tem sido fã por quase uma década, e você finalmente está vendo a banda… Parece a mesma coisa para nós, parece que é a primeira vez que estamos fazendo alguma coisa. Portanto, há definitivamente uma energia especial lá. Mas Marrocos foi especial. E nós tivemos algum tempo para ficar lá por alguns dias e se divertir. Eu realmente espero voltar lá outra vez.
Isso é ótimo! E quanto ao show de hoje, o que os fãs podem esperar para ver desta vez?
Bem, eu sei que os fãs da internet estão vendo o que fazemos em todo show e veem a nossa setlist. Acho que eles sabem muito bem, basicamente, a setlist que estamos tocando agora. É uma mistura de todos os nossos três álbuns. De fato, nós amamos tocar as novas músicas e esse é o foco agora, essa é a vez delas, mas é claro que vamos tocar ‘Bring Me to Life’ e ‘My Immortal’… A menos que seja um festival de heavy metal. Esperamos tocar todas as músicas que eles querem ouvir.
Você tem tocado em festivais e casas de shows, qual ambiente você prefere?
Acho que é muito importante romper isso. Acho que é importante tocar em ambos os lugares, porque você vai se enjoar se fizer apenas uma coisa. Então, como eu disse, estamos em turnê por um tempo e os últimos shows são esses grandes festivais, que é divertido e emocionante, e você tem um tempo diferente para fazer o show. Então você tem que mudar a setlist. Eu estava ansiosa para hoje, porque eu sabia que teríamos uma passagem de som e seriamos capazes de fazer tudo certo. Sabe, ter o nosso tempo.
Com uma turnê tão extensa… Existem algumas histórias interessantes?
Hm… sim… existem várias… Eu postei no EvClub, como se eu estivesse escrevendo um diário só para mim sobre a experiência no Rock Am Ring/Rock Im Park, e aí, eu li e pensei, “Essa é uma história. Acho que vou colocar tudo nela.” Então eu o fiz, e as pessoas leram isso e não quero contar a mesma história duas vezes. Quando vamos a algum desses lugares, como no outro dia quando tivemos esses dois festivais… e tinha Machine Head, Motörhead, Lamb of God, Killswitch Engage… todas essas bandas no palco. E esse é o nosso dia de tocar. E aí tem o Evanescence no meio dessas bandas. É como… “Onde nós nos encaixamos?” Às vezes me sinto em conflito sobre saber onde nos encaixamos. Quero dizer, não é como se não houvesse o Soundgarden e outras coisas parecidas que talvez façam mais sentido nos outros palcos. Sei lá, acabei me sentindo um pouco esmagada. Como “Por que estou aqui?”, sabe. Tocando músicas emocionais, quando as pessoas só querem bater cabeça… e coisas do tipo. Acho que essa é a nossa quarta ou quinta vez tocando no RaR/RiP. Eu senti tanto amor dos meus colegas. Eu fui lá e de repente percebi quantas dessas pessoas eu conhecia e como muitas delas me respeitam. E isso significou muito e fez me sentir assim: “Quer saber, eu pertenço aqui.” E entramos no palco e fizemos o melhor show! Ambos foram bons. Não posso dizer que tive o melhor momento nesses dois festivais. Então eu acho que aprendi uma lição. É como, “Sim, estive fazendo isso por muito tempo, eu sei o que estou fazendo e não tem nada para ter medo.” Sei lá, às vezes sinto que mudamos muito. Sabe, como quando escrevo música e não estou tentando me encaixar em algo gótico. Estou sendo apenas eu e não sou exatamente a mesma como eu era quando tinha quinze anos e fazia algumas dessas coisas. Tem vezes quando você sente “onde eu pertenço?”. Mas tenho uma nova sensação de “Eu pertenço aqui.” Se isso faz sentido. Haha.
Haha, faz sentido! Como é estar de volta e ver essa resposta dos fãs? Quero dizer, o álbum ficou em primeiro lugar nas paradas, estou vendo vários shows esgotados e tal.
Os fãs são tudo. Você pode ver no YouTube ou Facebook, é tudo resumido a isso. Você pode ver quantas pessoas estão ouvindo a sua música. Você não precisa da MTV para te dizer o que é popular, porque é isso que é o top 20. Isso não é verdade. Sinto que as pessoas estão ouvindo o que elas querem. Elas estão ouvindo no iPod, Pandora, Spotify e tal. E sou capaz de ver quantos fãs temos e o quão incrível eles são. Isso me deixa chocada. Temos 13 milhões de fãs no Facebook ou algo assim. Eu não tinha Facebook há um tempo. É importante lembrar, porque tudo mudou. Não se trata do mainstream; se trata das pessoas que você conhece. Eu gosto muito dos nossos fãs. Devo tudo a eles. Não seriamos capazes de voltar depois de nosso hiato, por três ou quatro anos, se não fosse por eles. Como se lembrar da gente e ter um lugar no coração para o Evanescence. E posso sentir esse amor e isso alimenta as minhas performances nos dias de hoje. Tudo se trata dos fãs e da música.
Faz um tempo desde ‘The Open Door’… houve novos desafios durante o processo de composição e gravação?
Claro. É difícil dizer porque sempre tem desafios, tipo com a gravadora e tal. Sinto que, desta vez, foi difícil avançar, apenas para provar a gravadora que valemos a pena para se preocuparem. Esse é um pensamento idiota, especialmente quando você sabe melhor das coisas. Quando você conhece nossos fãs. Sempre existem metas a alcançar, vou explicar melhor agora, não vale a pena. Mas quando terminamos o álbum, senti que estivemos alcançando as metas por muito tempo. Foi como, “Terminamos! É perfeito, eles não podem mudar isso, e ninguém pode mexer com isso. Não importa o que acontecer, ninguém pode mudar essas músicas… está lançado!” Esse foi um sentimento muito difícil, haha.
Qual parte do Evanescence você diria que mais cresceu desde ‘Fallen’ e ‘The Open Door’ até ‘Evanescence’? Houve algumas mudanças na formação e tal.
Eu só posso falar por mim, porque sou o único membro original restante, não sei o quanto isso vale porque já se passou muito tempo. Mas para mim, eu cheguei a um lugar onde me sinto completamente confortável em ser eu mesma. Dentro do espaço de composição. Não é que isso sempre foi uma mentira, mas houve momentos em que eu não poderia ser eu mesma, como se eu estivesse me retendo. Como se eu pudesse cantar as músicas sobre o quão difícil as coisas eram, mas depois quando veio para a vulnerabilidade de admitir que sou humana ou admitir que cometi um erro, mesmo admitindo que eu poderia realmente ser feliz, isso costumava ser difícil. E agora… é engraçado, eu sinto esse uns sentimentos rebeldes quando a música alegra porque sei que isso não é o que as pessoas esperam. Quando temos músicas como ‘Good Enough’ ou ‘Swimming Home’. Eu dou um orgulho confiante nelas, porque eu sei que eu não teria me permitido ficar tão vulnerável antes.
Se eu estiver certo, ‘Lost in Paraside’ será o novo single.
Sim.
Você pode nos contar algo sobre como o clipe será, se você já souber de algo?
Bem, ainda não temos ideias para o clipe; ainda estamos trabalhando nisso. No momento, o single nos EUA ainda é ‘The Other Side’. Teremos um lançamento especial para ‘Lost in Paradise’ mais tarde. Então acho que vocês terão que esperar. Não sei como será o clipe, mas vou tentar fazer a melhor coisa que já fizemos ou não vou ficar satisfeita.
Eu queria saber se você pudesse escolher duas de suas músicas favoritas do novo álbum e contar um pouco mais sobre a história por trás delas.
‘The Change’ é uma das minhas favoritas. É difícil escolher uma favorita, porque eu gosto de todas elas e são todas diferentes. Todas elas consumiram diferentes espaços emocionalmente para mim. Mas quando eu estou ouvindo o álbum, apenas por diversão, eu gosto de ‘The Change’. Eu fico com ela na cabeça. Eu sempre tenho a esperança de que ela possa ser um single. Eu acho que poderia ser, mas eu não sei. Depois de ‘Lost in Paradise’… Tendo cinco singles de um álbum nos dias de hoje, é difícil imaginar, haha. Eu não sei. Eu amo isso. Ela surgiu muito rápido. Eu me lembro de quando a escrevi, as letras apareceram em um dia. Geralmente, leva muito tempo para compor. E gosto que o refrão dela não tem palavras, é apenas uma efusão de emoções.
Outra que vou escolher… é difícil… eu gosto muito de ‘Lost in Paradise’. Foi essa canção furtiva que quase não entrou no álbum e, em seguida, acabou sendo a favorita de todos, que ela era potencial para ser single. Eu sinto que é uma daquelas canções para mim que era um emocional “dizer qualquer coisa e não importar com o que alguém pensar sobre isso” momento, onde eu estava me expondo completamente a uma situação onde eu me senti totalmente presa. Foi como uma crise de identidade. E quando tudo girou em torno dela, era como: ‘Eu vou fazer isso, vamos fazer um álbum do Evanescence’, esse foi o tipo de sentimento no momento que a escrevi. Significa muito para mim, então acho que vou escolher essa como minha outra favorita.
Pessoalmente, eu gosto de ‘Sick’. Você pode me contar sobre a inspiração por trás dela?
Estivemos compondo por muito tempo e estávamos ficando frustrados com a gravadora e eu estava cantando sobre essa frustração.
Amy, muitas pessoas olham para você e a veem como um exemplo. Como é isso para você?
Sou uma grande irmã, eu sou a mais velha dos quatro irmãos. Sinto o mesmo sentimento que sinto com meus irmãos mais novos com os nossos fãs mais jovens. Eu sempre quero passar a mensagem de que sou humana e que isso é legal. Basta ser você mesmo, não seja como nós, não seja como ninguém, apenas você. Eu acho que, na verdade, mais do que qualquer coisa, você nunca vai ser feliz até que, finalmente, você aceite quem você é, e que é imperfeito. Ninguém é perfeito. Eu sinto que eu quero dizer uma coisa mágica que vai curar alguém no momento em que eles me dizem que me idolatram, mas eles estão tendo um tempo muito difícil. E não há palavras mágicas, eu acho. Isso é uma coisa bonita, mas é também meio dolorosa. Você realmente não pode mudar até que você se motive para mudar. Assim, estou sempre dizendo às pessoas que têm que se amar e se eles não estão felizes, eles serão os que terão de se levantar e fazer uma mudança.
Geralmente, quando os singles são lançados em CDs, nós conseguimos b-sides muito legais. Parece que isso está acontecendo menos na era digital. Ainda assim, você colocou 4 músicas bônus no novo álbum. Você se vê lançando um álbum cheio de b-sides, demos, músicas que não entraram no álbum, especialmente para os fãs?
É isso que aconteceu. Nós gravamos 16 músicas para esse álbum e isso é normal. E nós deveríamos ter 12 ou 13 no álbum, o resto seria b-sides. E gostamos de todas as músicas, e não aceitamos que não íamos lançar todas elas, então lançamos uma versão deluxe. Eu queria que todo mundo escutasse ‘Say You Will’, ‘Disappear’ e ‘Secret Door’. Senti que tínhamos muitas músicas. E temos aquelas que não gravamos, tínhamos mais que 17 músicas. Mas nós nunca as gravamos, só são demos ruins.
Você fez um show acústico na Alemanha há uns dias atrás. Você tem planos para fazer shows assim?
Nós amamos e estivemos falando sobre fazer tipo uma turnê acústica no futuro. Talvez gravar um álbum acústico. Acho que nossas músicas podem suportar isso. Não tem que ter toda aquela produção para ainda ser uma boa música.
O que mais está à venda para o Evanescence em 2012?
Turnê! Essa turnê ainda está sendo agendada à medida que avançamos. Vamos estar fora por um momento… não sei quando volto para casa, acho que vai ser em julho. E aí vamos sair para uma turnê norte-americana. Acho que temos uma grande turnê sul-americana e também uma no Reino Unido. Deve haver outra coisa que estou esquecendo, haha. Estivemos em tudo que é lugar. Temos shows marcados até o mês de novembro. E aí não sei o que está por vir, vamos tirar um tempo de folga e pensar sobre o que virá depois.
E minha última pergunta, você tem alguma mensagem para os seus fãs e para as pessoas que leem nossa revista?
Estamos muito agradecidos por estarmos aqui. Não seríamos capazes de fazer um show aqui se não houvesse pessoas para comprar os ingressos. Penso sobre isso toda noite. Temos ótimas lembranças de estar aqui na Holanda e com os nossos fãs daqui. É uma honra ser capaz de voltar depois de tanta história. E estou ansiosa para dar tudo que tenho no show.
Créditos: @Amy_LeeBrasil
Sabia que não era culpa da minha gordinha s2
ResponderExcluirWind-up/Emi tomando forte pela burrice. Atorei! >:D
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