28 de fevereiro de 2012

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Diário de turnê: Evanescence no Japão

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Me lembro do dia em que conheci o Evanescence, acredito que tenha sido do mesmo jeito com muitos fãs mais antigos que ainda carregam a banda em seus tocadores de música; adolescência e MTV, ou pra quem já tinha acesso, internet, para expandir seu conhecimento sobre a biografia e "baixar as músicas autorizadas" do Origin.
Passam os anos, a banda anuncia o show no Brasil, mas eu, infelizmente e/ou felizmente, tive que vir ao Japão para iniciar uma nova fase da minha vida, e as datas da turnê pela America Latina eram justamente quando eu já estaria por aqui. Fiquei triste pelo fato, já que eu era (sou) um grande fã e não pude ir ao show que tanto esperava no Brasil, mas pensei comigo mesmo, - "Em breve eles virão ao Japão, e eu irei." - e embora tenha demorado pelo anúncio de algum show por aqui, eles finalmente divulgaram que a Evanescence Tour aconteceria em fevereiro de 2012.

No mesmo dia que anunciaram o show, eu lembro que um amigo me mandou uma mensagem via SMS dizendo que eu teria uma grande surpresa quando chegasse em casa, caso eu não lesse notícias do Japão pelo celular mesmo, então, pela curiosidade já pesquisei o que poderia ser. De início eu nem imaginava que seria algo sobre o Evanescence, até porque não tinha em mente que a banda passaria pela Oriente tão cedo,

Banner de divulgação para o show
de Evanescence no Japão
De repente, me surpreendi com a manchete da notícia de um site japonês que frequento - "Banda Evanescence divulga datas de shows para o Japão, em Nagoya, Tokyo, Sapporo e Osaka." - e lá estava eu, na rua, lendo pelo celular com o ar mais feliz possível.

Eu finalmente poderia realizar um dos sonhos da minha vida, e sim, assistir à um show da banda era sim um grande sonho. Minhas pernas até amoleceram, mas não conseguia pensar em mais nada a não ser mandar mensagem para meus amigos que também gostavam da banda por aqui, e na mesma hora, todos eles ficaram elétricos sobre a notícia e confirmaram presença, dizendo para todos comprarem os ingressos juntos o mais rápido possível para pegarmos um bom lugar. 



E foi o que aconteceu, as compras iniciaram numa certa data e na manhã desse dia nós já fomos enfrentar a fila para garantirmos uma boa visão do palco. Até o dia do show, eu ficava todos os dias olhando para os ingressos ali, na minha gaveta junto ao flyer de divulgação, super ansioso. Conversava com todo mundo e até atormentava alguns amigos que não eram fãs da banda dizendo que eu iria ao melhor show de todo o mundo, de todos os tempos (não, não sou um fanático, fazia isso por brincadeira) e eles retrucavam falando que o melhor show estava ainda por vir, Marilyn Manson, na brincadeira também, assim espero.



Assistia aos shows gravados por fãs de outros países no Youtube quase meu tempo inteiro de folga, montei uma possível setlist baseada nas performances que já estavam acontecendo e coloquei no meu iPod.



O dia estava finalmente se aproximando, e a banda coloca em sua setlist duas músicas que eu admiro muito, são elas "Erase This" e "My Last Breath", dos álbuns Evanescence e Fallen, respectivamente, e isso aumentou ainda mais a minha empolgação. Começamos a decidir um horário de encontro na fila e até o lugar onde jantariamos naquele dia, porém, só de pensar que seria depois do show eu preferia não combinar esse tipo de coisa. 10 de fevereiro vai ficar marcado, essa era a data, a grande data e tinha chegado! No dia anterior nem consegui dormir direito, meus amigos pegaram folgas no trabalho, assim como eu, mas o que importava naquele momento era que estávamos a caminho do show e iriamos ver nossa banda preferida performando no palco.

Para ter uma certa adrenalina antes do show, o trânsito estava um caos e faltava somente alguns minutos para a apresentação, e lá estávamos nós, presos, sorte nossa que o ingresso era numerado e tinha uma banda de abertura pelo qual não tinhamos interesse em assistir, Dazzle Vision.



Chegamos a tempo, a fila estava enorme, assim como eu imaginava, mas não importava, pois tinha pego um ingresso numerado para ficar na frente do palco. A entrada tinha produtos de merchan da banda e eu não me exitei e comprei uma camiseta para marcar o dia. Então finalmente, os portões abriram e conseguimos assistir à banda de abertura, que não fez feio no palco, mas não era um estilo de música que me agradava. Fiquei super elétrico quando Dazzle Vision se despediu do palco, mas não por eles serem ruins ou coisa do tipo, mas porque o Evanescence estava prestes a entrar no palco. Eles demoraram, houve alguns testes de microfonia, som, luzes, até que então, o ambiente se escuresse.


O som da bateria introduz a música "What You Want" e o público, que estava quieto, ficou eufórico com a entrada de Amy Lee. Gritos, mãos para cima, pessoas chorando de emoção, empurra-empurra, mas nada disso importava, a minha banda preferida estava ali, logo a minha frente e eu estava extremamente contente, foi uma sensação única.

Em seguida tivemos a performance da famosa "Going Under", o público cantava junto. A música seguinte foi "The Other Side", embora não seja uma das minha preferidas do novo álbum, ela realmente deve estar na setlist, foi uma boa escolha, o som dessa música nos leva à uma atmosfera muito diferente e boa na casa de shows. "The Change" foi tocada logo em seguida, a Amy parecia contente, Will fazia suas performances espetaculares jogando as baquetas para o ar e pegando a tempo de iniciar a seguinte nota da bateria. Um ponto negativo do show é que os outros integrantes, Terry, Tim e Troy não tiveram suas melhores presenças no dia, mas eu sabia que eles estavam lá, de alguma forma, naquela escuridão com show de luzes e acompanhando a poderosa voz da Amy.

Inicia "Weight of the World", uma das minhas músicas preferidas tanto de estúdio quanto ao vivo, fora uma das únicas no qual eu cantei junto, já que tinha gente do meu lado filmando e eu não queria atrapalhar, tinha o fato de querer ouvir a a banda claramente também, o que não acontecia quando eu berrava para acompanhar a letra. "Made of Stone", o futuro terceiro single traz a vibe que só ela consegue trazer, a performance foi ótima, me arrepiei todo na parte em que o tom vocal é mais amplo. Até que então, tivemos o piano colocado no meio do palco, eu e meus amigos que estávamos bem na grade conseguimos ver muito bem a habilidade da Amy Lee com as mãos em "Lost in Paradise", além da voz maravilhosa que acompanhava os belos acordes de piano.



O atual single "My Heart is Broken" agitou o público, que mesmo tenha sido pouca gente que acompanhou cantando, pude ver que a música está conhecida por aqui. "Lithium" foi apresentada, seguida de "Swimming Home", ambas as músicas espalhando seus ares dramáticos no público, que pararam no agito e escutaram com atenção cada instrumento e voz das músicas. "Sick" então toma conta do palco e logo depois toca "Oceans", que também merecem estar na setlist pela forma espetacular que é performada ao vivo. O hit "Call me when you're sober" trás de volta os gritos dos fãs mais antigos que acompanharam a letra com a Amy. Uma faixa incrível do álbum Fallen começa, "Imaginary" e logo em seguida tivemos "Bring me to Life", onde todos acompanhavam com a parte que atualmente está fora das performances ao vivo. O show parecia ter acabado, a banda simulou uma despedida, mas ninguém se moveu, parecia que todos sabiam do Encore que estava por vir, mas uma coisa que ainda me intrigava era; "As músicas My Last Breath e Erase This não estarão nessa setlist?!", pensei, e pra minha tristeza a tour no Japão não tinha essas faixas inclusas nas performances, um outro ponto negativo para mim.




O Evanescence volta ao palco, a Amy então diz que a música que eles iriam apresentar logo em seguida era uma homenagem ao Japão, "Never Go Back", o riff pesado da música agitou os japoneses que mesmo depois de tanto tempo em pé, conseguiam se animar com cada parte da música. "Your Star" do The Open Door então é performada ao vivo, as luzes que refletiam estrelas pelas paredes da casa fez os olhos de todos brilharem juntos à melodia incrível da canção. 





E o final estava por vir, embora eu ainda não concorde que a seguinte música seja encerramento do show, ainda mais da Evanescence Tour, eu me emocionei com cada palavra da bela melodia de "My Immortal". E então, a banda se despede do palco jogando as baquetas e materias autografados por eles ao público, eu infelizmente não consegui pegar nada. Eles então agradecem aos fãs e se retiram do palco. A depressão pós-show já havia tomado conta de mim, foi instantâneo.




Assim como todos os shows, apresentações, performances e qualquer outro tipo de entretenimento, o Evanescence Japan Tour teve seus pontos negativos já citados acima, como da ausência das faixas que eles tinham tocado em outros shows e que eu tanto gostava, a demora para a banda entrar no palco, embora tenha trazido um ar de suspense que só aumentava minha expectativa e outra questão, os outros integrantes, com excessão do Will, estarem tão apagados numa apresentação de um show de uma banda tão famosa.



Mas como todo fã, só enxerguei esses detalhes mais tarde, no momento que eu estava ali na frente da banda, só pude curtir cada movimento, cada nota, cada frase cantada. E para mim e também para os meus amigos, o show berou a perfeição e esperamos a presença do Evanescence pelo Japão mais vezes, ou quem sabe o dia que eu for para o Brasil e puder curtir junto com os brasileiros a banda que tanto admiramos e que vêm crescendo e amadurecendo a cada álbum.

Assista aos outros vídeos gravados do show:
Oceans:  http://www.youtube.com/watch?v=qc9bkHpmEAg

My Immotal: http://www.youtube.com/watch?v=I7ACQkCeaZs


Escrito com exclusividade ao Evanescence Rock Brasil por Newton Prates
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