3 de maio de 2012

1

Amy Lee: "Obrigada por serem os melhores fãs"

Autor do post
Visualizações:
Amy: Confiança através de erros
Em entrevista ao site Vampire Freaks, Amy Lee fala sobre seus planos de ilustrar um livro infanto-juvenil, de autoria de sua irmã; rock na atualidade; como lida com o sucesso; experiências de vida; significado da música "Missing" e muito mais. Interessantemente, Amy diz que aprendeu a ganhar confiança a partir dos seus erros.

Quantas bandas você pode listar que não só conseguiu legiões de fãs, mas também não esqueceu de demonstrar seu amor e apreciação por cada um de seus soldados adorados? Bem, uma banda que poderia ficar no topo da lista é o Evanescence. O nível de sucesso deles é tão raro nesse meio que o único fato de serem assim é o quão pés-no-chão eles são. Em meio a lançar um álbum ano passado e embarcar em uma turnê ao longo do ano, Amy Lee reservou um tempinho para responder algumas das SUAS perguntas. Então, sem mais delongas, eu vos apresento a única Amy Lee:

Rafi: Então, vamos começar com a pergunta vencedora; com seu talento e sua criatividade, se você ilustrasse um livro de criança, sobre o que ele seria e qual seria o título?

Amy Lee: Isso é engraçado! Eu me pergunto se eles ouviram eu falar sobre isso antes. Minha irmã é uma ótima escritora de histórias e nós andamos falando muito sobre fazer isso. A gente ainda não começou nada, mas a gente anda pensando muito na ideia. Não seria algo inteiramente para crianças; teria um apelo adulto também. Eu sou uma grande fã de “A morte melancólica do garoto ostra e outras histórias”, do Tim Burton, e outra coisa que eu sempre amei foi “Stinky Cheese Man and Fairly Stupid Tales” (de Jon Scieszka e Lane Smith). Então eu acho que seria algo nesse estilo, uma coleção de pequenas histórias escritas por ela e ilustradas por mim. Isso vai acontecer um dia, eu só não sei o título ainda. (nós dois rimos)

Rafi: Outra pergunta que eu achei ótima foi: “Dada as controvérsias que os artistas como Marilyn Manson e outras pessoas do metal andam passando, sendo que eles foram bem expiatórios com as ações dos outros, se você encontrasse sua banda no meio de uma daquelas situações, o que você faria? O que você acha sobre a caça às bruxas com essas bandas?”

Amy Lee: É uma pergunta interessante. Eu acho que é muito importante que todos nós tenhamos um lugar onde nós podemos dizer o que realmente pensamos. Música, e especialmente o rock, por muito tempo tem sido lugar para isso, é uma saída. Nós devemos nos comportar o dia todo, esperar a nossa vez, e lidar com as frustrações da vida cotidiana. Então você precisa dar voz aos seus sentimentos, gritar “foda-se” e superar isso. Eu não acho que é culpa da música quando alguém fica meio maluco e faz coisas ruins. Essas tragédias teriam acontecido mesmo sem a música, na minha opinião.

Rafi: Outro fã perguntou: “Dado o seu sucesso ao longo dos anos, como você vê que isso te mudou? Você se enxerga de um modo diferente agora?”

Amy Lee: É uma pergunta complicada. Seria interessante se eu tivesse uma foto minha, se eu tivesse tomado um caminho completamente diferente. Eu gostaria de pensar que eu continuei sendo a mesma pessoa apesar de tudo. Eu sempre tive a mentalidade de que você precisa se manter no chão. Eu sempre mantenho pessoas honestas ao meu lado, mesmo que elas precisam me dizer que eu tenho um nariz enorme (risos). Mas eu diria que hoje eu sou uma pessoa melhor no palco, mas a personalidade eu tento manter a mesma. Ultimamente eu definitivamente tenho mais força para me apresentar em frente a 50,000 pessoas sem ficar nervosa. Eu sou muito grata por todos os lugares que essa banda e nossos maravilhosos fãs têm me levado.

Rafi: Você mencionou que você costumava ser mais nervosa. Há alguma coisa que você aprendeu e que possa ajudar as pessoas a passarem por isso?

Amy Lee: Honestamente, o melhor caminho é cair e bagunçar tudo, desde que você levante. Tudo é uma questão de aprendizado. É sobre isso que a vida é. Eu aprendi a ganhar confiança a partir dos meus erros mais do que qualquer outra coisa.

Rafi: Falando sobre experiências de vida, qual foi a melhor para você?

Amy Lee: Existem várias, mas uma que realmente me impressionou foi quando nós recentemente tocamos no Prêmio Nobel da Paz. Foi algo diferente, especial, um evento chique. Nós estávamos tocando para as pessoas que ganharam o prêmio e arriscaram suas vidas para fazer desse um mundo melhor, quero dizer, quem somos nós? (risos). Nós somos apenas uma banda que toca música e fala sobre música como se isso importasse (risos). Foi bem especial pra gente, e sei lá, eu senti durante a apresentação que algo dominou aquele lugar, como se fosse mágica. Houve um outro show, eu acho que foi minha primeira turnê em Atenas, e o local era uma cratera com pedras rochosas ao redor. O lugar estava esgotado e eu estava prestes a cantar “My Immortal” e a plateia estava cantando junto tão alto que eu não conseguia nem ao menos ouvir a minha voz, e isso foi incrível! Eles estavam segurando luzes coloridas e isso fez parecer com que o céu estava cheio de pessoas cantando para mim, eu senti como se fosse um show para mim.

Rafi: Alguns fãs expressaram o quanto suas músicas mudaram ou até mesmo salvaram suas vidas. Como isso te faz sentir? Você sente alguma pressão por ser uma espécie de modelo para eles?

Amy Lee: É meio estranho quando eu olho para trás na minha vida e me lembro que eu me sentia assim sobre alguns artistas, como o Nirvana. Eu me lembro de ter treze anos e escutar “In Utero” várias vezes. Eu me senti muito solitária durante um tempo, e a música me ajudou, dando palavras às emoções que eu estava sentindo. Quando as pessoas me dizem isso, tudo o que eu consigo pensar é, “uau, é incrível poder passar isso para você”. É o sentimento mais surreal e isso prova para mim que nós estamos fazendo alguma coisa certa.

Rafi: Uma fã foi mais longe ao dizer que depois que a mãe dela morreu, e ela escutava a música “Missing”, ela começava a se perguntar sobre o significado por trás dessa canção e se ela estava entendendo-a do modo certo.

Amy Lee: Eu diria que vocês sempre entendem certo. Quando se trata de música e arte, se trata sempre sobre como cada pessoa interpreta isso, individualmente. Algumas das nossas músicas são auto refletivas, mas algumas delas também contam histórias. Para mim, essa música era sobre ir embora, mas interprete-a do modo como quiser.

Rafi: Ok, vamos partir para as perguntas mais pessoais. Algumas pessoas querem saber se você tem tatuagens e se você não tiver, você consideraria a ideia de fazer o logotipo do Evanescence ou um “E”?

Amy Lee: (risos) Eu não tenho nenhuma tatuagem. Eu não acho que eu vou fazer alguma. Eu tenho trinta anos agora, então se eu não fiz nada até hoje, eu duvido que isso vá acontecer um dia. Eu amo tatuagens, quase todo mundo que eu conheço tem uma. Eu acho que talvez esse seja o problema. Todo mundo que eu conheço tem, então minha forma de ser rebelde é não ter nenhuma. (risos)

Rafi: Qual é a coisa mais estranha de se acontecer em uma turnê?

Amy Lee: Uau, essa é difícil. Tantas coisas acontecem na estrada. Uma vez, um fã nos mandou uma mecha de cabelo enrolado dentro de uma caixa de anel. Nós estávamos no carro e abrimos tudo muito rápido, e esse cabelo pulou da caixa e eu achei que era um animal. Então eu gritei e joguei a caixa enquanto o carro se movimentava loucamente pela estranha. (risos)

Rafi: E sobre histórias malucas de estúdio?

Amy Lee: Esse ultimo album, nós ficamos dentro do estúdio por mais ou menos um mês, onde nós entraríamos e só sairíamos de lá quando eu não aguentasse mais cantar. Um dia, eu estava sentada com o Nick Raskulinecz, e nós estávamos tentando nos preparar para mais um dia. Eu não estava no clima naquele dia. Nick olhou pra mim e disse, “você quer ligar o foda-se e ir pro boliche?” (risos) E eu respondi, “Na verdade, eu quero”. Então nós acabamos saindo do estúdio e fomos ao boliche.

Rafi: Para terminar, o que você gostaria de dizer aos fãs que estão lendo essa entrevista?

Amy Lee: Obrigada por serem os melhores fãs do mundo. Eu realmente acho que nós temos isso. Eu me sinto tão abençoada por ter tanta gente que não só me apoia, mas que também me entende. Eu acho que isso é incrível depois de tanto tempo, as pessoas continuam indo aos nossos shows e ficam esperando por nós darmos autógrafos e para que eles conheçam a gente. Nós estaremos com o pé na estrada o ano inteiro, então nós mal podemos esperar para ver todos vocês!
 Tradução: @Amy_LeeBrasil


How many bands can you list that not only have garnered legions of fans, but also not forgotten to show their love and appreciation for each and every one of their adoring troopers? Well one you should be putting at the top of the list is Evanescence. Their level of success is so rare in this industry that the only fact to rival it is how down to earth and frankly grateful they are. Amidst releasing an album last year and embarking on a tour through the year, Amy Lee took the time to answer some of YOUR questions. So without further ranting I hope to reintroduce you in a way to the one and only Amy Lee:

Rafi: So let’s start with the winning question; with your talent and creativity if you illustrated a children’s book, what would it be about, and what would the title be?

Amy Lee: That’s funny! I wonder if they heard me talk about this before. My sister is a great story writer and we have been talking about doing this. We haven’t started on anything, but we have been tossing around the idea. It wouldn’t be fully for children though; it would have an adult appeal as well. I am a really big fan of ‘The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories’ by Tim Burton and another that I always loved was the ‘Stinky Cheese Man and Fairly Stupid Tales’ (by Jon Scieszka and Lane Smith). So I think they would be a lot like that, a collection of short stories written by her and illustrated by me. So this will actually happen, I just don’t know the title yet. (Both of us laughing)

Rafi: The other question I thought was great and a very close second was: “Given the controversies that artists such as Marilyn Manson and other metal acts have gone through, being that they were scapegoats for others’ actions, if you found your band in the middle of one of those situations what would you do? What do you think about the witch hunt on these bands?”

Amy Lee: That’s an interesting question. I think it is very important for all of us to have a place where we can say what we really think. Music and especially rock music for a longtime has been a place for that, it’s an outlet. All day long we are expected to behave; (both of us laughing) stand in line, wait our turn, and deal with the frustrations of everyday life. So you need something to voice your feelings, scream “****” (both of us laughing) and get it out. I don’t think it’s the music’s fault when someone goes crazy and does bad things. These tragedies would have happened without the music, in my opinion. If you take the outlet of music away from people it forces them to bottle up all the negativity, which I believe is worse.

Rafi: Another fan asked “Given your success through the years, how do you see that it has changed you? Do you see yourself differently now?”

Amy Lee: That is a hard question. It would be interesting if I had a picture of myself, had I taken a completely different path. I would like to think I remained the same person through it all. I always had the mentality through it all that you have to stay grounded (both of us laughing). I always keep people around me who are honest, even if they have to tell me I have a booger in my nose. (Both of us laughing) I would say though that I am a better performer, but the personality I try to keep the same. These days I definitely have more of the guts to play in front of 50,000 people without getting nervous. I am very thankful for all the places this band and our amazing fans have taken me.

Rafi: You mentioned that you used to have more of the nerves, is there anything that you have learned that helped you get past that?

Amy Lee: Honestly the best way is falling down and messing up. As long as you get up it’s all a learning experience. That’s what live is all about. I have learned to get my confidence from my mistakes more than anything.

Rafi: Speaking of live experiences what has been the greatest one for you?

Amy Lee: There are so many, but the one that really sticks out now is when we recently played the Noble Peace Prize concert. It was this very different, special, black tie event. We were playing for the individuals who got the award and had risked their lives to make this a better world, I mean who are we? (Both of us laughing) We are just a band who play and talk about music like it matters. (Both of us laughing) It was very special for us, and I don’t know, I felt during the performance that something else took over like it was magic.

There is one other show, I think it was on my first tour in Athens, and the venue was like a crater with rock formations surrounding it. The place was sold out and everyone was holding up not lighters but glow sticks, I was about start singing “My Immortal” and the crowd was singing along so loudly I couldn’t even hear myself, which was awesome! The glow sticks made it look like an almost starry sky of people who were singing for me, it almost felt like the performance was for me.

Rafi: Quite a few fans expressed how your music has changed or even saved their lives, how does that make you feel? Do you feel any pressure being such a role model?

Amy Lee: It’s a little awkward in that I look back on my life and how I felt like that about artists, like Nirvana. I remember being thirteen and listening to ‘In Utero’ over and over again. During a time that I felt very alone, the music helped give words to the emotions I was feeling and couldn’t quite voice. When people tell me that all I can think is “wow how amazing it is to be able to pass that on.” It is the most surreal feeling and proof to me that we are doing something right.

Rafi: One fan actually went so far as to say that after her mother passed away she would listen to the song “Missing”, she was wondering about the meaning behind the song and if she is understanding it right being the missing of someone lost?

Amy Lee: As far as if she got it right, I would say you always get it right. When it comes to music and art it’s always about how each individual interprets it. Some of our songs are self reflective but some of them are also story telling. For me that song was all about running away, but its poetry so please do take from it what you can.

Rafi: Ok so on to a little less personal questions, quite a few people wanted to know if you have any tattoos and if you do not, would you consider getting the Evanescence logo or “E” done?

Amy Lee: (laughing) I don’t have any tattoos. I don’t think I will. I am thirty now so if I haven’t got one now I doubt it will happen. I do love tattoos; pretty much everyone I know has one. I think that actually may be the problem. Everyone I know has one, so my form of rebellion is not to have one. (Both of us laughing)

Rafi: What is oddest thing to happen on tour?

Amy Lee: Wow that is a really hard one. So many things happen on the road. One time a fan sent us a lock of hair it was actually braided, coiled, and put into a ring box. We were in the car and opening everything really fast, and it ended up springing out of the box and I thought it was an animal. So I screamed and threw the box while the car went crazy all over the road. (Both of us laughing)

Rafi: What about crazy studio stories?

Amy Lee: This last album we were held up in the studio for about a month, where every day we would come in and do it till I couldn’t sing anymore. One day I was sitting there with Nick Raskulinecz and we were all trying to get ready for the day. I just was not feeling it that day. Nick looked at me, sighed, and said “do you want to just say **** it and go bowling?” (Both of us laughing) Which I replied: “actually yeah.” So we ended up leaving and going bowling. That wasn’t enough though; we had to pick up things to barbecue in the parking lot of the studio on the way back.

Rafi: Alright to wrap it up, what would you like to say to all your fans reading this?

Amy Lee: Thank you for being the best fans in the world. I really do think we have that. I feel so blessed to have so many people that not only support me, but I feel, truly get me. I think it is amazing after so much time that so many still come out for shows and even wait afterwards just to get an autograph and meet us. I am always humbled by it. We will be on the road all through the year so we can’t wait to see all of you!
COMPARTILHAR:

Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

 

Evanescence Rock Brasil é um blog criado por fãs da banda em retribuição
a outros fãs de Evanescence | Design by Insight © 2011